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Engenheiro da UFES inova ao transformar entulho de obras em pavimentos permeáveis

Por Ana Ribeiro, Jornalista do Jornal de Engenharia e Sustentabilidade

Eliomar Gotardi Pessoa, engenheiro e pesquisador da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), está revolucionando a construção civil com uma abordagem inovadora: transformar entulho de obras em pavimentos permeáveis de alto desempenho. Utilizando técnicas de reengenharia, Gotardi desenvolveu um método sustentável que reaproveita resíduos descartados, como lajes de concreto quebradas, para criar soluções que atendem às crescentes demandas por infraestrutura urbana ecológica.

O processo, baseado em princípios da economia circular, tritura e reprocessa resíduos para incorporá-los em novos materiais de pavimentação. Esses pavimentos permeáveis infiltram água da chuva, reduzindo o escoamento superficial e o impacto ambiental das construções urbanas. “Nosso objetivo é reduzir custos e oferecer uma alternativa sustentável para o descarte de entulho, promovendo cidades mais resilientes”, explica Gotardi.

Os benefícios são expressivos:

Redução de Custos: O reaproveitamento de resíduos pode reduzir custos de materiais em até 40%, segundo estudos do pesquisador.
Sustentabilidade Ambiental: Diminui o descarte em aterros, que no Brasil ultrapassa 600 mil toneladas anuais (EPA, 2020), e reduz a extração de recursos naturais em até 30%.
Mitigação de Enchentes: Os pavimentos permeáveis infiltram até 70% da água da chuva, aliviando sistemas de drenagem e prevenindo inundações.
Melhoria Climática: Reduz o efeito de ilha de calor urbana, diminuindo temperaturas em até 10°F em cidades como São Paulo.
Impacto Social: A técnica foi testada por prefeituras locais, como a de Vitória (ES), promovendo empregos na reciclagem e beneficiando comunidades vulneráveis a enchentes.


A pesquisa, conduzida no Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Desenvolvimento Sustentável da UFES, já é vista como um marco para a engenharia sustentável no Brasil. “A inovação do professor Gotardi é um exemplo de como a engenharia pode responder aos desafios climáticos e urbanos com soluções práticas”, afirma a coordenadora do programa, Dra. Mariana Lopes.

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